1 de out. de 2009

Voltando um pouco às origens


Com o indispensável auxílio do Leonardo Rattes Bevilacqua Pinaud Madruga, segue um trecho do livro "Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento", de Wanderley F. Resende:

"Quanto ao local onde se encontra a cidade, sabemos que tinha o nome de SÍTIO DA CACHOEIRA e pertencia, pelo menos em parte, aos Rattes e cuja casa de residência ficava logo acima do atual Matadouro Municipal e nela residiu mais tarde, e até a sua morte, o Sr. Adelino Eustáquio de Carvalho, Escrivão de Paz que antecedeu ao Sr. José Godinho Chagas.

A respeito dos Rattes vamos transcrever abaixo os dados que nos foram fornecidos pelo Sr. Ari Florenzano, o qual, mais uma vez nos presta relevante auxílio, no afan de determinarmos, com a maior exatidão possível os princípios de Carmo da Cachoeira.

Os dados são os seguintes:

'Em 27 de janeiro de 1770, no Altar Portátil do Padre Bento Ferreira, no Deserto Dourado, batizou-se CAETANA, filha de Cipriana Antônia Rattes, solteira, filha de Manoel Antônio Rattes e Maria da Costa de Morais.'

'Aos vinte dias do mês de junho do ano de mil setecentos e setenta e hum, na Hermida de Campo Belo, com licença do Reverendo Padre Bento Ferreira, Manoel Afonso batizou e pôs os Santos Óleos a Manoel, inocente, filho natural de Joaquina, solteira, filha de Manoel Antônio Rattes e de Maria da Costa, moradores do Sítio da Cachoeira, desta freguesia, e de pai incógnito. Foram padrinhos Manoel Pereira de Carvalho e Maria da Silva, mulher de Francisco de Oliveira Galante, de que fiz este assento que assino.
O Coadjutor, Manoel Affonso Custódio Pereira'

Estes dois assentos foram extraídos do Livro de Batizados nº 3 de Carrancas.

No Livro nº 2 de casamentos, pág. 77, encontra-se, com a data de 17 de novembro de 1772, o registro do casamento de Joaquina Maria da Costa, filha de Manoel Antônio Rattes e Maria da Costa de Morais, com Manoel Batista Carneiro, filho de Luiz Pinto e Maria Batista Pereira.

Como se vê, esta Joaquina que em 20-06-71 era solteira mas batizava um filho, casou-se em 1772.

Ainda no Livro nº 1, de Lavras, com a data de 5 de dezembro de 1773, encontra-se o registro do batizado de João da Costa de Morais, filho de Manoel Antônio Rattes.

Eia aí, portanto, quem eram os Rattes, moradores do SÍTIO DA CACHOEIRA, do DESERTO DESNUDO, primeiros habitantes do futuro povoado de Cachoeira do Carmo, hoje cidade de Carmo da Cachoeira."


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