14 de fev. de 2008

Por que busco minhas origens?

Afinal, qual a razão de se buscar a origem da família?

Para Maria Luiza de Assis Moura Ghirardi, a pesquisa sobre as próprias origens é inerente à experiência humana. A psicóloga afirma que buscar as origens é conhecer algo acerca de si mesmo, e que a necessidade de conhecer sobre nós mesmos é uma condição importantíssima na constituição de nosso mundo interior, nossa subjetividade. Assim, somos levados a formular uma teoria que dê significado à nossa inserção no mundo. Conhecer sobre as origens está ligado à capacidade de dar sentido a um “quebra-cabeça’ que situará o Lugar que ocupamos na vida; é um saber sobre quem somos e qual a importância que temos para aqueles que nos são muito queridos. Nascer é se ver atravessado pelas questões da vida e pelo mistério da existência. É CONHECER a posição humana e as condições necessárias à instalação de si no mundo com outros. Quando o ser humano se vê diante da impossibilidade de entrar em contato com sua história pessoal e com suas origens, é levado a um sofrimento sem contorno e, portanto vive uma experiência desesperadora.

Jonathan Sacks, rabino-chefe da Congregação Hebraica do Reino Unido, ensina, no seu livro "Uma Letra na Torá", que “a questão da identidade é fundamental, e não pode ser respondida se não conhecermos o nosso passado”.

Paulinho da Viola também afirmou: “...não sou eu que vivo no passado, mas é o passado que vive em mim”.

Todos nutrem curiosidade em saber de onde herdaram qualidades, manias e defeitos. É a força do atavismo que se manifesta, pois somos fruto da fusão de pedaços de nossos antepassados.

Finalizo com palavras de Maria Luiza Ghirardi: "Quando não temos CONHECIMENTO em relação às nossas origens, não conseguimos montar as peças que podem nos dar as pistas necessárias para saber quem somos. Perdemos a experiência de humanização; não conseguiremos montar projetos de vida e de futuro. E muito provavelmente não conseguiremos amar..."

9 comentários:

Anônimo disse...

Roberto.
Parabéns pela página de hoje. A sua busca é pessoal, familiar. A nossa não se difere muito. É uma cidade buscando suas origens. O cidadão do século XXI necessita ter esse conhecimento. Primeiro passo para assegurar sua dignidade. O passado na colônia primou pelas lutas, confrontos, mortes. Cada um, naquele momento fez sua parte. A sua maneira lutou para garantir seus ideais, seu ideário.Respeito e gratidão a eles.

Anônimo disse...

Um nome - uma ideologia.Desde 1738, Pe. Bento já estava pela região e com registros no seu ALTAR PORTÁTIL DO DESERTO DOURADO OU DESERTO DO CAMPO VELHO.Aparece tb. como Oratório do Campo Belo ou tb., Altar portátil da Senhora do Campo Belo do Deserto Dourado.O prim. registro como "Ermida de São Bento do Campo Belo" é casamento de João da Silva Freire com Rita Luísa Gonçalves.Veja também, origens dos "Silva Freire"-Lênio Luiz Richa.

Anônimo disse...

Lista Nominativa dos habitantes e a relação dos engenhos constituem o códice 398 do Arquivo da Câmara Municipal de Mariana. Aplicação da Capela de São Januário do Ubá, pertencente à Freguesia de São João Batista do Presídio. Comarca de Ouro Peto. 1819. Pedro Nunes de RATES, branco, 58 anos, casado agricultor e Domingas Fernandes Silvares, branca, 48 anos. Prof. Angelo tem trabalho desenvolvido.

Anônimo disse...

Veja aí os visinhos do Sr. Manoel Antonio Rates: Fazenda Maranhão. Tire um momento e entre no google em "Gaspar José de Abreu"Ele teve uma "exposta" em sua casa que se casou com "Valentim José da Fonseca".No 21 Anuário Eclesiástico de Campanha,p.27, lê-se:"Houve uma outra Fazenda, intitulada da CACHOEIRA e marginal à capela de N. S. do Carmo do Maranhão. Ali residiam os Rates e para lá se espraiou (...) a povoação."

Anônimo disse...

Só complementando. O mesmo Anuário, 1959, p.27 diz: "Rival da Fazenda e capela do Maranhão, essa Fazenda lembrava o antigo tronco Manuel Antônio Rates (que assinava Rats no sobrenome) cc Maria da Costa de Morais." "Residiam na Capela de n. S. do Rosário da Cachoeira do Rio Grande, de onde sairam por volta de l770. Sitiantes laboriosos, lembraram-se de batizar o novo sítio com o nome de CACHOEIRA".

Anônimo disse...

É pouco comum encontrar a citação da "Cachoeira dos Rates" em inventários, no entanto, aqui está uma. "viviam todos em Lavras na Fazenda dos Ferros, Cachoeira dos Rates". Confira, 5-3 Hermenegildo Villela,batizado 1836, casado com Mariana Jesuína da Costa em:
http://br.geocites.com/projetocompartilhar/cap02joaquimmanoeldonascimentovillela.htm

Anônimo disse...

É pouco comum encontrar a citação da "Cachoeira dos Rates" em inventários, no entanto, aqui está uma. "viviam todos em Lavras na Fazenda dos Ferros, Cachoeira dos Rates". Confira, 5-3 Hermenegildo Villela,batizado 1836, casado com Mariana Jesuína da Costa em:
http://br.geocites.com/projetocompartilhar/cap02joaquimmanoeldonascimentovillela.htm

Anônimo disse...

Bom dia, Roberto. Veja o inventário de Maria Cândida Branquinho. Arquivado em Campanha -CEMEC, onde estão inventários de Lavras,e em muitos dos quais me debruçei durante as pesquisas de campo. Neste, disponível na Net, C.286 de cujo inventariante foi Antonio dos Reis e Silva, o viúvo, são citados nomes de fazendas que estão em nosso recorte, e é bom que você vá se reconhecendo no decorrer de seu trabalho de busca.

Anônimo disse...

Oi, Roberto. Os dados estão fora de nosso recorte histórico, no entanto, são muito significativos. Temos um documento local que mostra o pároco de Cachoeira desenhando a triangulação,p/ chegar parentesco entre nubentes. Trata-se de uma pessoa residente na CACHOEIRA DOS RATTES, e no ano de 1904. O noivo, um viúvo de sua irmã e morador na Capella dos Pinheirinhos.Avançando mais, lhe passarei os dados.